por Paulo Roberto Botão &ndash

O diretor de regulação e supervisão da Educação Superior do MEC, Paulo Roberto Wollinger, defendeu, em palestra a coordenadores de cursos de jornalismo de todo o país, em Recife, nesta quarta-feira (21), a implantação de um curso de bacharelado em jornalismo. A idéia, que está consolidada na proposta de novas diretrizes curriculares da área, foi apresentada durante o 4º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo.

O MEC defende que cada curso tenha identidade de formação”, salientou Wollinger, antes de enumerar vantagens da implantação de um curso específico em jornalismo, fora do âmbito das habilitações da comunicação. Segundo o palestrante, o bacharelado em jornalismo permite o aprofundamento do conhecimento específico sobre a profissão, permite aos estudantes uma escolha com mais precisão e, ao reforçar o jornalismo deve, ao contrário do que muitos pensam, fortalecer também a grande área da comunicação.

A proposta de criação do curso de bacharelado em jornalismo, segundo Wollinger, vai ao encontro de uma tendência defendida pelo próprio MEC, que trabalha no sentido de dar identidade aos cursos de graduação e de redução dos formatos que prevêem habilitações. “A tendência é acabar com as habilitações”, disparou. Referindo-se aos bacharelados em comunicação ainda justificou: “Não é possível que o estudante consiga dar conta de todo o conhecimento das diversas áreas da comunicação”.

Em reação ao documento que apresenta as novas diretrizes, já encaminhado pelo ministro da Educação ao CNE, Wollinger observou que se trata de uma boa proposta, bem escrita e elaborada em um processo aberto e com ampla participação das comunidade e dos setores envolvidos. A expectativa do MEC é que seja aprovado ainda neste ano, com possibilidades de implantação nas escolas a partir de 2011 ou 2012.

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