por Imprensa – 7° Fórum

O pioneiro do rádio e da televisão brasileira, Edgar Roquette Pinto, e o fundador da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Gustavo de Lacerda, foram homenageados neste sábado, durante o 2º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, com a exibição de vídeos sobre suas histórias. Roquette Pinto “Roquette, o brasiliano” foi produzido por Sonia Garcia para a TV Educativa do Rio de Janeiro. O documentário traz imagens raras e depoimentos da filha e de netos do fundador da rádio Sociedade, a primeira emissora regular do país. O vídeo também mostra as contribuições do cientista carioca para o cinema educativo e as suas viagens pelo interior do Brasil, no início do século XX, junto com o Marechal Cândido Rondon – experiências que deram origem a ensaios antropológicos que influenciaram o movimento modernista. A professora da Universidade Federal Fluminense, Ana Baum, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre a História da Mídia Sonora, trouxe a produção para o evento como lembrança pela passagem dos 50 anos da morte do cientista, que serão completados em outubro. “Pela importância que teve para o rádio e para toda a cultura brasileira, Roquette precisa ser mais reverenciado”, diz. Gustavo de Lacerda O jornalista Gustavo de Lacerda é a figura central do outro vídeo apresentado neste sábado. Apesar de ter nascido em Florianópolis, ele é um nome pouco conhecido entre os catarinenses. Lacerda foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Imprensa, mas morreu de fome um ano após a criação da mesma. O vídeo “Gustavo de Lacerda: uma vida, uma profissão” foi produzido em 2003 pelas estudantes do curso de Jornalismo da UFSC, Camila Paschoal, Estephani Zavarise, Marcela Campos e Paula Medeiros. Na verdade, pouco se sabe sobre a vida de Gustavo de Lacerda. O pouco que se conhece sobre ele são registros do tempo em que serviu o exército brasileiro. A vice-presidente da ABI, Ana Arruda, resume o esquecimento a que foi relegado o jornalista, lembrando que “Gustavo de Lacerda hoje é só um medalhão na parede da ABI”. Além de fundador da Associação, Lacerda é patrono da cadeira 14 da Academia Catarinense de Letras. De sua carreira como jornalista, sabe-se que ele fundou em 1884, no Rio de Janeiro, o jornal Meio Dia. O periódico foi à falência após um mês de funcionamento, e Lacerda teve que arrumar um emprego como repórter. Ele chegou a trabalhar em três jornais ao mesmo tempo, entre eles “O Paiz”, jornal brasileiro de maior circulação nos final do século XIX. Lacerda nunca ocupou um cargo de chefia nas redações, e morreu em 1909 deixando apenas uma sobrinha como família.

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