Por Ana Paula Virgulino (Supervisão de Gabriela Marques)

Dois professores da diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ) foram agraciados na última edição do Prêmio Adelmo Genro Filho, promovido pela Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo, SBPJor. Criado em 2004, o prêmio visa celebrar os trabalhos que mais contribuíram para o avanço do campo jornalístico como área científica no Brasil.

A professora Dra. Karina Barbosa recebeu menção honrosa na categoria Iniciação Científica pela orientação do trabalho intitulado Quantas vezes se pode matar uma mulher morta? Mulheres com deficiência e a cobertura jornalística sobre seus feminicídios, desenvolvido na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) por Lívia Kelly Labanca Ferreira.

Já o professor Dr. Guilherme Carvalho venceu na categoria Pesquisa Aplicada com o trabalho premiado OPAJor: plataforma de publicações de pesquisa aplicada em jornalismo no Brasil.

O trabalho orientado por Karina aborda a cobertura jornalística de feminicídios de mulheres com deficiências, destacando a invisibilidade dessa temática na imprensa e explorando o cruzamento com questões de racismo. “Ficamos imensamente felizes com o reconhecimento da SBPJor à pesquisa desenvolvida pela Lívia durante o Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Trata-se de uma temática urgente e invisibilizada pela imprensa”, comentou Karina. “Em quatro anos, é a segunda vez que oriento  um trabalho sobre violências de gênero reconhecido no Prêmio Adelmo Genro Filho, o que reforça a importância dessa pauta para a pesquisa e a prática jornalística”.

Professora Karina Menezes com a orientanda Lívia Ferreira em frente a uma projeção de uma reunião remota.
Profa. Karina Barbosa com sua orientanda Lívia Ferreira

Já o professor Dr. Guilherme Carvalho foi o coordenador do trabalho que foca em investigações diretamente ligadas à prática jornalística. Ele ressalta a importância dessa conquista: “É o principal prêmio no campo de pesquisa em jornalismo, é um reconhecimento enorme do trabalho de pesquisa que estávamos fazendo”. Esse reconhecimento ajuda a dar continuidade ao projeto encabeçado por ele. “Eu penso que é um marco para minha carreira e para os pesquisadores que participaram comigo, porque mostra a relevância de um trabalho que estávamos desenvolvendo e que precisa avançar mais.”

Captura de tela de uma reunião remota com participação de 7 pessoas.
Equipe do projeto OPAJor

O professor Guilherme também destacou a necessidade de avanço na pesquisa aplicada em jornalismo no Brasil, ressaltando os desafios enfrentados pela área. Ele explicou que, apesar de um leve crescimento nos últimos anos, a pesquisa aplicada ainda é pouco valorizada em comparação à pesquisa básica. Segundo o professor, essa situação é paradoxal, considerando o caráter prático do jornalismo.

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