por Da Redação
O presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, Gerson Martins alertou os participantes do 8ºFórum, que se realiza em Maceió, para a necessidade de que as categorias acompanhem e participem com atenção das discussões sobre a Reforma Universitária e suas implicações. “É imprescindível que nós, professores de jornalismo, acompanhemos e participemos de todas as etapas da Reforma Universitária. Ela nos atinge a tal ponto, que podemos perder nossos empregos”, alerta ele.
Ele chamou a atenção para a proposta do ciclo básico, pela qual os cursos de jornalismo teriam apenas dois anos de formação específica. Os dois primeiros anos seriam destinados apenas à formação geral, o que não incluiriam os professores de formação específica de jornalismo. “Isso significa redução de carga horária e desemprego, certamente”, concluiu Gerson Martins.
Ele defende que todas as entidades que congregam as categorias de professores e jornalistas devem unificar o discurso e aprofundar a discussão na base, e apresentou o documento elaborado em conjunto pelo FNPJ, Fenaj e SBPJor, disponível no site do Fórum.
O professor da Universidade Federal de Goiás, Edson Luiz Spenthof, que participou de algumas discussões no Ministério da Educação, representando a Fenaj, reforça a recomendação: “é preciso que todos nós nos debrucemos sobre essa questão de forma muito clara e determinada”.
Ele destacou que o MEC promoveu algumas discussões temáticas durante o ano passado, inclusive com a participação da sociedade. Uma dessas discussões tratou sobre os critérios e metodologias de avaliação nas universidades. Ele também aponta, entre os aspectos mais graves da proposta, a redução da formação específica a apenas dois anos de curso e a readequação da área de conhecimento. “O Jornalismo deixaria de incorporar muitas de suas especificidades”, avalia ele.
Spenthof destaca como aspectos positivos, no entanto, o caráter de participação social que se desenha na proposta, com a criação de conselhos comunitários e a instituição de mecanismos que, na sua avaliação, podem assegurar maior abertura para a participação da sociedade, tanto nas universidades públicas quanto nas particulares. Participaram da mesa, também, os professores Juliano Carvalho, da PUC-Campinas, e Valci Zucoloto, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Gerson Martins encerrou a reunião informando que, por decisão da comissão que reúne o FNPJ, a Fenaj e o SBPJor, serão realizados seminários regionais e um nacional, com indicativo para 11 de agosto, em Brasília, onde será fechado documento de contribuição dos professores e profissionais de jornalismo à Reforma Universitária.