por Da Redação

O Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, por meio do Diretor Regional Centro-Oeste, Edson Spenthof participa de reunião com o Diretor do Departamento de Supervisão da Educação Superior da SESu/MEC, professor Mário Pederneiras, no próximo dia 11 de junho. Participam também os representantes da FENAJ e da SBPJor, professora Dione Moura, diretoria editorial da entidade.

A reunião foi chamada pelo diretor da DESUP/SESu/MEC para que as entidades representativas do jornalismo apresentem um documento fundamentando a necessidade de quatro anos para a formação do jornalista. O convite aconteceu na última reunião com a Coordenadora do Projeto de Reforma Universitária, professora Eunice Araújo, em que foram discutidas as propostas do campo do jornalismo para o anteprojeto de Reforma Universitária. Segundo informações da professor Eunice Araújo, as entidades conseguiram produzir um documento relevante para o projeto e considerou importante a contribuição do FNPJ, FENAJ e SBPJor.

Conforme relatório realizado pelo professor Edson Spenthof, confira os principais pontos de discutidos na reunião sobre a Reforma Universitária:

1 – doutorado profissionalizante:

Aparentemente, a profª Eunice concordou com os nossos argumentos de que é delicado ter doutorado profissionalizante, mas vai para análise da comissão da reforma.

2 – Cursos seqüenciais:

Aqui também, aparentemente, pelo menos com gestos, a profª Eunice concordou com a nossa preocupação de tentar impedir que os cursos seqüenciais possam ser usados para substituir a graduação normal de quatro anos. No início ela estranhou, mas quando respondemos que isso já ocorre muito e que a atividade é invadida por todos os lados, ela pareceu entender, mas isso não significa aceitação. Como no caso do doutorado profissionalizante, vai para a análise da comissão.

3 – mestrado profissionalizante:

Aqui ela também parece ter compreendido a necessidade de amarração de mínimo de dois anos e dissertação ao final. Vai pra comissão. A mesma coisa com a nossa ressalva de que nenhum diploma que não seja de graduação substitui as exigências legais de graduação

4 – Ciclo básico ( ou “período de formação geral”):

Novamente, esse foi o assunto mais longamente debatido, mas não quando lemos este parágrafo e incisos e sim quando lemos a nossa proposta de redação para o § 7º, abaixo, que trata da emissão de certificado para o ciclo básico. No § 4º da nossa proposta, ela havia dito com bastante firmeza que considerava a redação do anteprojeto melhor, porque, com a implantação do ciclo “quando pertinente”, a coisa ficaria menos engessada. Depois de muitos argumentos de parte a parte sobre o § 7º (certificado para o ciclo) ficou mais ou menos claro que o período de formação geral ou ciclo básico que o MEC quer não é o que está proposto. A profª Eunice ficou bastante surpresa quando demonstramos que, então, há um erro de redação no parágrafo, já que a idéia com a qual a Comissão trabalha não é a de ciclo básico amarrado a qualquer curso, mas um período de formação geral solto na universidade (possivelmente com vestibular ou outra forma de ingresso independente), que o aluno cursaria para as finalidades previstas nos incisos I, II e III (formação humanística… preparatória para períodos posteriores da formação e orientação para a escolha profissional). Terminado esse período, o aluno teria um certificado genérico (não relacionado a qualquer curso ou profissão, muito menos diploma regular de curso superior) e poderia escolher qualquer curso que a universidade oferece (não sei se fazendo vestibular específico ou não) e tendo que cumprir a carga normal do curso que escolher. Visivelmente surpresa, a profª Eunice disse que, a partir daquele momento compreendia a nossa preocupação e seria capaz, ela mesma, de fazer a defesa dela. A profª garantiu que a concepção de período básico com a qual o MEC trabalha não é essa de amarração com qualquer curso e disse que iria verificar o que ocorreu. De qualquer forma, lembramos que seria complicado ligar esse período de formação à diminuição de cursos. Temos que aguardar e acompanhar.

5 – Redução da duração dos cursos:

Essa questão ficou mais para uma reunião com a Sesu. De qualquer forma, e independentemente da reunião na Sesu, a profª Eunice disse achar, pessoalmente, que fique o mínimo de três anos, como está no anteprojeto, para atender a algumas necessidades, e que outras especificidades, como a nossa, sejam amarradas nas resoluções. A princ´´ipio, manifestamos que isso poderia nos atender, até porque a profª Dione, SBPJor, lembrou de alguns casos de formação de professores para ensino básico e médio há uma demanda, viabilizável, nesse sentido.

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