por Imprensa – 7° Fórum

Preocupações quanto às diretrizes curriculares e o mercado de trabalho na área de Comunicação Social. Estes foram os temas da mesa-redonda “A história do ensino do Jornalismo e das profissões midiáticas”. A mesa abriu o último dia do 2º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho.O professor Adolpho Queiroz, da Universidade de Piracicaba, expôs a origem da publicidade no Brasil, em 1808, quando foi publicado o primeiro jornal onde havia anúncios de venda de escravos e especiarias. Mas foi em 1950 que a publicidade brasileira teve um desenvolvimento acelerado com o surgimento da televisão no país. Queiroz está receoso em relação à quantidade de cursos de Publicidade oferecidos no Brasil. Ele citou o caso de Manaus que tem quatro faculdades. Diretriz Curricular A professora da PUC-RS, Cláudia Moura, mostrou a história das modificações nas grades curriculares dos cursos de Comunicação Social desde o ano de 1962, quando foi criado o primeiro currículo mínimo para o curso de jornalismo, que naquela época tinha duração de três anos. A partir de 84 não houve muitas mudanças no currículo, quando pela última vez foi reformulado o último currículo mínimo. “Esta estrutura curricular erra mal aproveitada, não que ela tivesse problemas quanto a sua formulação”, destaca. A atual diretriz curricular que foi aprovada em 2001 foi baseada em documento elaborado pela Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação). Cláudia acredita que este modelo ainda não é o ideal. “Estamos caminhando para isso e discussões desse nível são importantes para atingir esse objetivo”, diz. Segundo a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sônia Virgínia Moreira, tem que haver um cuidado com a formação do aluno de comunicação. A professora da UFRJ criticou a ênfase que tem sido dada nos cursos às novas tecnologias em detrimento ao conhecimento cultural do aluno. Ela alerta que muitos estudantes de jornalismo não conhecem a história brasileira e de sua região. “O curso precisa ir além das disciplinas técnicas. Tem que ser oferecidos também elementos que sejam utilizados como instrumentos para um bom exercício da profissão”, afirma. Para o professor da UFSC,Eduardo Meditsch, o currículo ainda tem que ser estudado. “Esta diretriz é ruim para os alunos de escolas que não sejam sérias, pois eles serão vítimas de picaretagem”, enfatiza Mercado de Trabalho O professor Adopho Queiroz demonstrou preocupação em relação ao mercado de trabalho. “Até quando haverá o deslumbramento dos jovens quanto às profissões midiáticas? Onde vai trabalhar tanta gente em um mercado tão escasso?”, afirma. De acordo com o professor Eduardo Medistch, os professores têm que encontrar uma solução para capacitar os formandos da área de comunicação para terem uma maior chance conseguirem um emprego. “Se os caminhos estão fechados, é porque nós não estamos sabendo preparar os alunos para estas mudanças”, declara.

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