por Da Redação
A Comissão de Especialistas em Jornalismo apresentou ao ministro da Educação, Fernando Haddad, na última sexta-feira (18), sua proposta para novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Jornalismo. O documento confirma a indicação de diretrizes curriculares específicas, ampliação da carga horária mínima para 3.200 horas e indica novos eixos de formação.
Instituído em fevereiro deste ano, sob a liderança do professor José Marques de Melo, o grupo de especialistas realizou três audiências públicas e consulta na Internet, a fim de ouvir os diversos segmentos interessados no ensino de Jornalismo. A proposta ora apresentada contempla inclusive indicações feitas pelos segmentos organizados da área e menciona, por exemplo, a deliberação do 9º Encontro do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, que recomenda ao Ministério da Educação a criação de cursos de graduação específica em Jornalismo e não mais como habilitação dos cursos de Comunicação Social.
Na proposta os especialistas também reconhecem os avanços no campo da organização profissional, ensino e pesquisa do jornalismo no Brasil, mencionando explicitamente as contribuições do Programa de Qualidade do Ensino de Jornalismo no âmbito da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que congrega as entidades sindicais; da Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJor), que congrega os acadêmicos; e também do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).
A proposta estabelece a necessidade de o ensino contemplar competências específicas nos campos cognitivo, pragmático e comportamental, recomenda um curso focado teórica e tecnicamente nas especificidades do jornalismo e, ao mesmo tempo, atento às mudanças do mercado de trabalho e do contexto de convergência tecnológica. Propõe também a organização dos conteúdos curriculares a partir de seis eixos – preferencialmente contemplados com cargas horárias iguais – que possibilitem: Fundamentação humanística, Fundamentação Específica, Fundamentação Contextual, Formação Profissional, Aplicação Processual, e Prática laboratorial.
Segue em anexo o documento da Comissão de Especialistas.
Paulo Roberto Botão
Diretor Editorial e de Comunicação do FNPJ