por Da Redação

A valorização, o aprimoramento e a integração dos professores jornalistas por meio do debate de temas da atualidade e a troca de experiências acadêmicas foram as metas do IV Encontro Rio-Espírito Santo de Professores de Jornalismo, realizado no dia 8 de novembro, na Universidade Veiga de Almeida, que contou com a presença de diversos profissionais da área.

A abertura teve a participação do Coordenador de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida e coordenador local do evento, professor Luis Carlos Bittencourt, da secretária geral do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Carmen Pereira, do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murilo de Andrade, e da presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass.

A professora Carmen Pereira fez um rápido histórico do FNPJ e destacou o momento em que a exigência do diploma em jornalismo está ameaçada e a necessidade de revisão das diretrizes curriculares. O presidente da FENAJ comentou sobre um assunto de extrema importância para o futuro da profissão, a obrigatoriedade do diploma. Marcando o lançamento do livro Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade, editado pela FENAJ, Sérgio falou sobre o direito da população à informação de qualidade, ética e democrática. “Agora que as escolas, os estudantes, e a população acordaram para esse assunto. É, realmente, necessário nos mobilizarmos para essa disputa da regulamentação”, enfatizou Murilo.

Em seguida, houve painéis sobre O Resgate da Memória e o Futuro do Ensino no Jornalismo. A primeira mesa (foto), mediada por Suzana Tatagiba, vice-presidente regional da FENAJ e Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo, contou com a participação das jornalistas Carla Siqueira (PUC-Rio) e Jöelle Rouchou (UniverCidade). Abordaram a importância da criação de um centro de preservação da cultura e da história do jornalismo brasileiro. Segundo Carla, para compreender o que é ser jornalista hoje, deve-se conhecer o passado. “Resgatar a história do jornalismo é resgatar a história da sociedade”.

A segunda mesa, mediada pelo professor Leonel Aguiar (diretor-científico do FNPJ) contou com a participação da Professora Sandra Korman (PUC-Rio), que falou sobre o futuro da profissão. Entre outros assuntos discutidos, a professora criticou a dissociação entre a universidade e o mercado de trabalho. Lembrou que o jovem ainda freqüenta a faculdade como quem está no ensino médio, acabando muitas vezes por se formar pensando se fez a graduação certa. “Há uma dificuldade absurda de saber quem somos, o que desejamos. O autoconhecimento é fundamental, assim como a forma como os outros nos vêem”, disse.

Os painéis foram transmitidos pela web e contaram com a participação do professor Gerson Martins, da UFMS e diretor do FNPJ, que acompanhou o evento de sua casa, em Campo Grande (MS) pelo Yahoo Live, em uma transmissão ao vivo via web.

O presente e o futuro do jornalismo continuaram a ser discutidos durante a tarde nos Grupos de Trabalho: Jornalismo Online, que discutiu a relação que o aluno possui com o online; Extensão e Pesquisa, sobre os processos de montagem das monografias e dos projetos de inclusão no mercado de trabalho; Assessoria e Impressos, que focava o mapeamento, a analise e o ensino de Assessoria de Comunicação nos cursos; e Pedagogia, que tratou os projetos pedagógicos e metodologias de ensino no campo da Comunicação Social.

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