por Da Redação
A avaliação do ensino e da aprendizagem aplicada às universidades foi o mote para as discussões do segundo dia do XI ENPJ. A utilização de avaliações positivas como instrumento de marketing por faculdades particulares e a ética envolvida na qualificação de indivíduos a partir de valores culturais impostos levantaram polêmica.
No debate guiado pelas professoras Regina Giora (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Sônia Moreira (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), foi destacada a urgência de se elaborar um projeto pedagógico aberto, que consiga acompanhar as mudanças da sociedade e que respeite as diferenças regionais observadas no país. Para Sônia, o currículo universitário deve ser multidisciplinar, e o professor deve estar preparado se defrontar com salas de aula com grande heterogeneidade cultural de seus estudantes.
Já a evasão do aluno e o descontentamento do professor são questões que poderiam ser solucionadas se a academia fosse menos temerosa quanto à avaliação. De acordo com Regina, essa postura exclui a consciência crítica das universidades. A auto-avaliação é o primeiro passo para a formação de profissionais para um jornalismo mais político e participativo. “Instruir jornalistas reflete na comunidade como um todo”, defendeu a professora Regina. “Então você tem que pensar em que tipo de sociedade você quer construir”, completa.
Por: Alessandra Marcondes