por Mirna Tonus
É com satisfação que, depois de aproximadamente quatro anos de expectativa, o ensino brasileiro de Jornalismo conta com novas diretrizes curriculares. Resultado de um trabalho coletivo, não menos polêmico, mas que envolveu os mais diversos setores que atuam no campo jornalístico no País.
O fundamental, para a diretoria do FNPJ, é que, vencida esta etapa de aprovação das novas diretrizes curriculares em Jornalismo, os professores das escolas, cursos ou faculdades de Jornalismo de todo o Brasil devem, com base no documento nacional, discutir com seus pares e colegas, buscando adequar e melhor implantar as atualizações, pensando na urgência e pertinência de que as DCN devem contribuir para qualificar e dinamizar o processo de formação profissional em Jornalismo em sintonia com as transformações sociais na área.
Depois da aprovação das diretrizes curriculares de Cinema e Audiovisual, ainda em 2006, o longo debate em torno da proposta de Jornalismo também resultou de um documento básico, que buscou contemplar as principais questões do ensino na área em nível nacional, contando inclusive com a realização de diversas audiências públicas presenciais, além da coleta de sugestões por documentos via internet.
E, pois, na mesma perspectiva em que a proposta de diretrizes curriculares em Relações Públicas foi protocolada no Conselho Nacional de Educação em 2011 e também está sob análise das comissões temáticas.
Por fim, mesmo ciente de que a preocupação dos professores, em especial dos coordenadores de cursos de Jornalismo, decorre da urgência de reformas curriculares, este é o momento de aguardar a publicação da versão final do documento. Afinal, depois de tanto debate, é importante pensar e agir com a devida prudência.
Enquanto o texto final tramita no CNE, a direção do FNPJ recomenda aos professores e coordenadores de Jornalismo que estão na iminência de alterações curriculares avancem no debate interno – com estudantes, colegas de docência e profissionais da área – para pensar projetos pedagógicos que melhor atendam às demandas regionais ou segmentadas da formação jornalística.
Afinal, vencida esta etapa, a adaptação das novas diretrizes deve dialogar com as especificidades locais ou regionais, buscando fortalecer o Jornalismo brasileiro.