por Gerson Martins
Depois de 80 anos de luta pela formação superior em jornalismo, por uma prática profissional qualificada e baseada em procedimentos éticos, o programa de estímulo à qualidade do ensino de jornalismo e ainda o projeto de estágio piloto em jornalismo já aplicado em vários estados como São Paulo com 74 estagiarios participando do projeto piloto, são exemplos de um árduo caminho em direção a qualidade da formação profissional, conforme destacou a jornalista e diretora de educação da Fenaj, Valci Zucollotto. Outro formato é a da Escola de Jornalismo que deverá ser implementada pelos sindicatos e a Cátedra: ciclo de palestras – temas relativos ao jornalismo para cidadania. No painel também participaran Lucídio Castelo Branco, presidente da Fenaj no período 1968-1971 que destacou o Projeto de lei de regulamentação da profissão de jornalista nos anos 60 e a atuação da entidade no período, principalmente no atendimento aos presos políticos. Washington Melo, presidente Fenaj no período 1980 – 1983, foi a fala seguinte quando estudantes de jornalismo de Roraima e do Amazonas fizeram uma manifestação pela formação universitária em jornalismo, manifesto em defesa do diploma do jornalista. O delegado estudante do Amazonas afirmou: “diploma não é só papel! É qualidade!!!” Retomando a fala, Melo fez um histórico da participação dos estudantes nos congressos da Fenaj e que a tese que o “jornalista nasce feito” é contra a formação superior em jornalismo, destacou ainda que a falta de recursos laboratoriais dos cursos de jornalismo continua a mesma 40 anos depois, nas instituições públicas. E que deve-se levar o sindicato para dentro da universidade, através dos cursos conseguir a conscientização política profissional. A mesa redonda teve também a participação do advogado João Roberto Piza, responsável pelo processo contra a liminar que suspende a exigência do diploma de jornalismo que destacou que o processo é burocrático e demanda tempo, mas que há grandes probabilidades de vitória da Fenaj e dos jornalistas.