Norte e Centro Oeste reúnem a comunidade acadêmica em torno dos Territórios de Biodiversidade
O 3º Encontro de Ensino de Jornalismo das Regiões Norte e Centro-Oeste (EREJOR 2025) reuniu professores, estudantes e pesquisadores de diversas instituições de ensino nos dias 16 e 17 de outubro. Organizado pela Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ), essa foi a primeira vez que as duas regiões se uniram para a realização do evento, que ocorreu de modo online.
Com o tema “Territórios de Biodiversidade: A Formação e a Prática Jornalística no Norte e Centro-Oeste”, o evento promoveu a troca de conhecimento e debate sobre os desafios atuais do ensino e da prática jornalística nas regiões.
A cobertura ambiental e a COP 30 foram tema do painel de abertura, reunindo especialistas em ecologia, comunicação e jornalismo amazônico, como Isabel Schmidt (professora da UnB e integrante da coordenação da Rede Biota Cerrado), Taymã Carneiro (apresentador e coordenador do G1 Pará) e Mariana Franco (coordenadora de comunicação na Plataforma Cipó).
O evento também promoveu oficinas, como a de jornalismo ambiental com Ramila Yamanaka, jornalista e servidora do Centro Especializado em Manejo Integrado do Fogo / CEMIF / ICMBio. Ela, que integra a Rede Biota Cerrado (Universidade de Brasília) e recentemente lançou uma cartilha sobre Incêndios Florestais e Manejo Integrado do Fogo (MIF) voltada para a imprensa.
No segundo dia do evento, pela manhã, com transmissão pelo YouTube, a professora da UFG Luciane Agnez e a professora da UnB Dione Moura apresentaram os resultados da pesquisa que coordenaram sobre o estágio em jornalismo na região Centro-Oeste.
O estudo reuniu relatos de estudantes dos três estados e Distrito Federal que passaram pela experiência do estágio com intuito de escutar e compreender um pouco mais sobre os campos de atuação, condições e regularizações desse estágio em um momento em que o estágio supervisionado obrigatório completou 10 anos a partir das novas diretrizes curriculares.
Durante a tarde, mais de 30 trabalhos foram apresentados, distribuídos entre os grupos de pesquisa de Ensino de Ética e Teorias do Jornalismo, Produção Laboratorial, Atividades de Extensão, Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino, Produção Científica e Pesquisa na Graduação.
Para a professora Luciane Agnez, a junção das regionais ampliou o debate. “O III Erejor foi um sucesso e em grande parte isso se deve à parceria entre as regionais Norte e Centro-Oeste da ABEJ. Foi uma ótima oportunidade de interação entre estudantes da graduação, da pós-graduação e professores de jornalismo”, conclui.
O EREJOR também é um espaço para novos pesquisadores, como Lyvia Maria, aluna de jornalismo da UFT, que apresentou o trabalho “O crescimento da violência sexual contra mulheres indígenas e sua subnotificação”, sob orientação da professora Valquíria Guimarães (UFT).
“Foi meu primeiro congresso, o primeiro de muitos”, destacou Lyvia Maria. “É diferente, porque não tem público e acaba ajudando no nervosismo, mas por outro lado, é bem mais interativo quando é presencial. Foi muito bacana por ter sido o primeiro, conheci o trabalho de outras estudantes da UFG e tivemos uma troca de conhecimentos muito legal”.
A estudante ainda completou sobre expectativas para o futuro: “Eu me animei bastante para participar de outros congressos, inclusive os maiores. É o momento em que conseguimos colocar em prática o que estamos estudando. É crucial a troca que temos nesses congressos, fazer trabalhos que realmente atinjam um público e que fazem a diferença a partir das nossas pesquisas”, reflete.
O EREJOR 2025 consolida-se como um espaço importante para a integração entre ensino, pesquisa e extensão nos âmbitos regionais, reafirmando o papel da ABEJ na promoção da qualidade do ensino de Jornalismo no país.
Acesse na íntegra:
Acesso ao painel de abertura “Territórios de Biodiversidade e a cobertura da COP 30”
Acesso aos resultados da pesquisa “O Estágio em Jornalismo”
* Estagiária supervisionada por Gabriela Marques Golçalves
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