por Da Redação

Temas como o papel da academia na reflexão do ensino nos cursos de jornalismo e a capacitação do profissional graduado em intervir na prática jornalística foram assuntos abordados no Pré-Fórum da Fenaj, nessa sexta-feira, 27, no 10° Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. O evento, que está sendo realizado em Goiânia, contou com a presença de professores e acadêmicos. A mesa da Fenaj debateu o tema “Formação superior em jornalismo: obstáculo ou garantia de acesso democrático aos meios de comunicação?”

A mesa debatedora foi composta pelo Presidente da Fenaj, Sérgio Murillo, pela diretora da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas em Goiás, Maria José Braga, pela diretora de Comunicação do FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo) e de Relações Institucionais da Fenaj, Valci Zuculoto e pelo professor de Jornalismo da Faculdade Federal de Goiás Nilton José Rocha. Ao final da exposição da mesa, o debate foi aberto ao público, composto por cerca de 90 pessoas. Esquentaram a discussão o professor da UFG Edson Spenthof e o coordenador do curso de Comunicação Social do Bom Jesus/Ielusc (SC), Samuel Pantoja.

Pantoja delineou o pensamento que a discussão não deveria estar sendo pautada pela questão “diploma ou não-diploma”, mas em como se alcançar novas formas de construir um ensino que transcenda ao modelo tradicional. “Nós temos que fugir desta armadilha de estar formando profissionais apenas para a grande mídia”, destaca o coordenador. “Há uma geração de educadores na área de comunicação, em Santa Catarina, que está refletindo muito estas preocupações – é necessário que tenhamos a capacidade de articular conteúdos que possam formar o jornalista com eficiência, de bom nível, mas também como cidadão”, pontua.

O professor Nilton José Rocha, membro da mesa, ratifica a opinião do colega de profissão e acrescenta que “este é o papel da academia, o local para a reflexão, para a experimentação. É por meio da tentativa que poderemos chegar a novos modelos de jornalismo”.

Propostas

A obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista foi consenso entre os participantes. De acordo com a maioria, se deve ter em mente que será necessário buscar novos modelos de ensino, por meio do debate. “É fundamental a formação profissional, mas é insuficiente, tendo em vista que temos dificuldade de superar o modelo tradicional de ensino”, conclui Nilton Rocha.

Neste momento, o processo da exigibilidade do diploma, que tramita no Supremo Tribunal Federal, está sendo acompanhado por um escritório de advocacia que defende a causa da Fenaj. “Não esperamos que os 11 ministros se reúnam e decidam o nosso futuro, estamos na rua, recebendo o apoio da sociedade, porque esta luta não é só nossa, é uma luta que interessa ao cidadão brasileiro”, salienta Sérgio Murillo, presidente do órgão.

Lucas Balduino e Flávia Soares,

Agência de Notícias – 10° Encontro Nacional dos Professores de Jornalismo

Foto: Lucas Balduino

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