por Imprensa – 7° Fórum

O debate, realizado na abertura do 7º Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, tratou das transformações promovidas pela internet na profissão. O palestrante foi Nelson Traquina, professor da Universidade Nova de Lisboa. Considerado um dos mais importantes pesquisadores de jornalismo da atualidade, Nelson Traquina diz que vivemos numa época em que cada vez mais as mídias tendem a convergir, e que os cursos de jornalismo devem preparar o estudante para explorar as novas capacidades tecnológicas e se adaptarem a esse mercado multimídia. Traquina considera o advento da internet tão importante para os jornalistas quanto o surgimento da televisão e defende que os profissionais precisam estar familiarizados com ela. “Novas tecnologias como celulares conectados à internet, desenvolvimento do ensino à distância, novas metodologias que incluam o mundo digital nos métodos tradicionais de ensino são profundos desafios que os educadores de jornalismo devem enfrentar”, explica o professor. Como o mundo digital é um evento recente na história da prática jornalística, Traquina acredita que não há ainda um método pedagógico específico para ensinar jornalismo multimídia. “Uso a pedagogia do erro, é fazendo que se aprende”, admite. Para o professor da UFSC, Eduardo Meditsch, o cérebro humano é multimídia, e isso faz com que as novas gerações se relacionem melhor com os avanços da tecnologia. “Como os alunos não estão tão condicionados, lidam melhor com essas transformações”, explica Meditsch. O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Elias Machado, um dos maiores defensores da inclusão pedagógica do jornalismo no mundo digital, diz que o processo é irreversível e benéfico para o jornalismo. “Mesmo as mídias impressas são totalmente digitalizadas antes de irem para o papel. O jornalismo vai continuar se adaptando às novas tecnologias como fez ao longo de sua história”, relata Machado.

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