por Assessoria

A Abej – Associação Brasileira de Ensino do Jornalismo manifesta indignação e repudia a perseguição ao professor Aureo Mafra de Moraes, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no exercício do cargo de chefe de gabinete da Reitoria daquela instituição. Áureo é alvo de investigação da Polícia Federal, sob suspeita de ataque à honra da Delegada da Polícia Federal responsável pela investigação que levou ao suicídio o ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, em 2017.

Essa investigação pode levá-lo a responder pelos crimes de calúnia e difamação. A acusação está baseada numa vídeo-reportagem que os alunos da Universidade produziram, relativa ao aniversário da Instituição, na qual se exibe uma entrevista com o professor e faixas ao fundo com as imagens da delegada, da juíza e do promotor responsáveis pela Operação que investigou o ex-reitor Cancellier, sobre o qual se concluiu não haver responsabilidade alguma.

No vídeo fica claro que Aureo apenas lamenta, como não poderia deixar de ser, a morte do ex-reitor, ainda mais diante de sua atestada inocência, e o impacto que ela causou na universidade. Mas, segundo as notícias divulgadas pela grande mídia, a delegada estaria investigando-o, e ao atual reitor, professor Ubaldo Balthazar, por suposta conivência com as faixas e cartazes que aparecem no vídeo e, ao menos indiretamente, culpabilizam a operação comandada pela delegada pela morte do ex-reitor. Esta acusação contra a PF foi feita, aliás, pelo próprio Cancellier na sua carta póstuma.

A Abej entende que ações desta natureza comprometem o estado democrático de direito e a livre manifestação, garantida pela Constituição Federal, além de afrontar à Universidade como espaço da pluralidade de ideias e posições.

Toda a solidariedade ao professor Aureo, ao atual reitor da universidade e à toda comunidade acadêmica da UFSC, que têm passado por dias difíceis, comuns à época da ditadura militar brasileira!

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