por Karine Segatto

Autores de oito livros farão o lançamento das obras a partir das 21h desta quinta-feira (24), logo após a conferência de abertura do 15º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (ENPJ), no saguão do Bloco Azul da Universidade Positivo, em Curitiba.

A programação contempla os lançamentos de “Jornalismo-laboratório: impressos”, de Demétrio de Azeredo Soster e Mirna Tonus; “Jornalismo cultural e crítica”, de Marcelo Fernando de Lima; “Sem liberdade eu não vivo”, de Laura Beal Bordin e Suelen Lorianny; “O Divã do Rock Brasileiro”, de André Molina; “A caminhada ou O homem sem passado”, de Roberto Nicolato; “Quatro Punhos”, de Osny Tavares; “Trajetória dos Condenados – Rememórias”, de Daiane Andrade e Jessé Henrique; e “O Mundo das Copas”, de Lycio Vellozo Ribas.

SOBRE OS LIVROS

“Jornalismo-laboratório: impressos”, de Demétrio de Azeredo Soster e Mirna Tonus

As produções laboratoriais jornalísticas vivem um momento particularmente exuberante, decorrente do aumento da oferta de cursos de Comunicação, especificamente de Jornalismo, no Brasil. É com base na perspectiva de discutir a prática laboratorial jornalística brasileira que demos o primeiro passo em um projeto que pretende oferecer, por meio de reflexões e relatos de experiência, uma panorâmica do atual estado da arte da produção laboratorial em Jornalismo no Brasil. Neste primeiro volume, Jornalismo laboratorial: impressos, o enfoque recai sobre as experiências laboratoriais impressas, caso dos jornais, jornais-murais e revistas, entre outras, desenvolvidas a cada novo semestre nas instituições de ensino superior brasileiras, em um total de 20 experiências relatadas.

“Jornalismo cultural e crítica”, de Marcelo Fernando de Lima

Originalmente uma pesquisa de doutorado, este livro procura entender como o caderno Mais!, do jornal Folha de S. Paulo, enfocou a literatura brasileira nos anos 1990 e início dos anos 2000. A partir da leitura dos suplementos, o autor localiza a permanência de escritores e críticos ligados à tradição modernista nas páginas do jornal, em detrimento da exposição dos nomes que formam a produção mais recente. Assim, o suplemento leu a literatura brasileira com base nos valores defendidos por esse tipo de crítica, o que resulta numa visão que reafirma valores do cânone nacional e se fecha para novas abordagens.

“Sem liberdade eu não vivo”, de Laura Beal Bordin e Suelen Lorianny

Na década de 60 a mulher começava a assumir um novo papel na sociedade. No Brasil a busca por liberdade feminina se iniciava em meio a um golpe de Estado que tentava travar as mudanças. Elas bateram os pés, ergueram a voz e pagaram o preço. O Paraná também foi um núcleo de revolução, onde essas garotas se destacaram pela coragem e enfrentaram um regime opressor. Com histórias diferentes cada uma colaborou para a conquista da democracia e liberdade. Neste livro, seis mulheres abrem suas portas e narram suas vidas com o intuito de ainda criar uma nova consciência e juventude através de seus depoimentos.

“O Divã do Rock Brasileiro”, de André Molina

Assim como as músicas souberam conquistar toda uma geração com suas poesias diretas e sedutoras, os capítulos do livro, intercalados com fatos, revelações e surpresas daquele período, também conseguem comunicar com uma espontaneidade incrível, seduzindo principalmente o leitor leigo no assunto. Não é preciso gostar de rock para se envolver com o olhar e os textos apaixonados de Molina, descrevendo sem papas na língua ou artificialidades, as fantásticas lições de vida, prazer, dor de cada um dos entrevistados. O olhar da juventude de André Molina revelando mais um pouco dos tesouros musicais da história do nosso rock nacional.

“A caminhada ou O homem sem passado”, de Roberto Nicolato

Livro de estreia do jornalista e professor Roberto Nicolato, o romance de viagem “A caminhada ou O homem sem passado” conta a história de Júlio Saboia, um professor que vai em busca de sua própria identidade, numa viagem pelos locais sagrados da Bolívia e do Peru, entre eles o sítio arqueológico de Tiahuanaco e Machu Picchu. Tendo como pano de fundo a cultura e os rituais incas e as trilhas da mítica e sofrida América Latina, a obra remete o leitor a algumas discussões, como o sentimento de se viver numa constante despedida; os limites entre a realidade e o sonho e até que ponto a memória é um retrato ou construção do que realmente se sucedeu.

“Quatro Punhos”, de Osny Tavares

A Quatro Punhos é uma reportagem sobre o casal de boxeadores Macaris do Livramento e Rosilete dos Santos. Um garoto pobre, retirante do interior, encontra no boxe um sentido para a vida. Ele é talentoso, um canhoto pegador, mas parece que não irá conseguir cumprir o objetivo de ser campeão mundial. Até conhecer uma garota numa viagem. Apaixonam-se e ele a introduz na Nobre Arte. Como treinador da jovem, irá conseguir alcançar o título que lhe escapou como atleta.

“Trajetória dos Condenados – Rememórias”, de Daiane Andrade e Jessé Henrique

É um livro que intenta, a partir do uso das técnicas do jornalismo literário, trazer à tona as histórias de vida de quatro reclusos no sistema prisional brasileiro. Escrita a quatro mãos, a obra é fruto de um projeto experimental que testa novas possibilidades no texto jornalístico: cada relato segue o fluxo das histórias ouvidas, optando por focos narrativos diversos de acordo com a natureza do que foi captado. Dessa forma, é com mais precisão que o leitor chega às visões de Doutor, Cody, Padre e Carlos. Os autores buscam conduzir a uma imersão nessas realidades tão conturbadas, numa tentativa de estímulo à reflexão sobre o significado de expressões tão amplas, e igualmente complexas, como moral, crime e liberdade.

“O Mundo das Copas”, de Lycio Vellozo Ribas

Do começo em 1930, no Uruguai, aos tempos modernos de 2014, no Brasil, são 84 anos de Copa do Mundo. Com 772 jogos e histórias. Centenas de heróis retratados como em álbum de figurinhas. E muitos infográficos. Tudo está no livro O Mundo das Copas, que traz uma quantidade de informações sobre Copas jamais descrita em materiais do gênero. Nas palavras do tricampeão Tostão, autor do prefácio: “O livro mostra detalhes de detalhes sobre todas as informações. E tem a preocupação de resgatar coisas que nunca foram noticiadas ou que se perderam”.

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