por Valci Zuculoto

O presidente do FNPJ, Gerson Martins, e o vice Juliano Carvalho estão em Brasília nestas terça e quarta-feiras, 4 e 5 de julho, e devem solicitar ao MEC, ao INEP e à SESu um posicionamento em relação às reivindicações de suspensão do SINAES e instalação de negociações para definição de um novo processo de avaliação. Estas e outras propostas resultantes do 9º FNPJ, realizado em Campos, RJ, foram encaminhadas em junho através de cartas ao ministro da Educação, ao presidente do INEP e ao secretário de Educação Superior.

Na assembléia geral de encerramento do 9º FNPJ, os professores também aprovaram reivindicar que com base nos novos critérios a serem acordados na negociação, seja feita a reavaliação de todos os cursos de jornalismo do país. Conforme as cartas encaminhadas ao ministro Fernando Haddad, com cópia ao INEP e à SESu, estas propostas e reivindicações baseiam-se na conclusão de um estudo realizado pelo FNPJ que aponta para a inadequação dos novos instrumentos de avaliação às exigências de qualidade do ensino de jornalismo.

Entre as principais deficiências do sistema, podem ser citadas: a) o modelo não contempla as profundas mudanças vividas pelo jornalismo na última década, especialmente com a incorporação de novas tecnologias, novas formas de fazer e novas habilidades e conhecimentos exigidos dos jornalistas profissionais; b) o Formulário Eletrônico a ser preenchido pela IES e pela comissão de avaliação in loco não considera a especificidade da atividade jornalística; c) prevalece a prática de indicação de um avaliador comum para habilitações baseadas em práticas muito diferentes; d) o planejamento dos processos avaliativos não prevê tempo suficiente para o trabalho das equipes de avaliação externa; e) exclusão da exigência da formação e da experiência profissional específicas para os coordenadores de curso; f) ausência das diretrizes curriculares da área como base para a avaliação das ementas e programas de disciplinas; g) ausência de várias práticas e critérios considerados imprescindíveis para a formação do jornalista, como produção de periódicos impressos, radiofônicos, de televisão e on-line, a inexigibilidade de acervo de jornais e revistas e de laboratórios específicos (redação e produção gráfica, fotografia, produção radiofônica, produção em televisão, multimídia, agência de notícias) e outras.

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