Jornalismo precisa de vivência
por Da Redação
“Lugar de repórter é na rua”, foi com a frase do jornalista Ricardo Kotscho que o professor Marcelo José Abreu (Mackenzie) um dos expositores do segundo dia do GT de laboratório de impresso iniciou a apresentação do projeto do jornal mural “Mack no Muro”. E para elaborar este jornal seus alunos tiveram que ir para rua, conhecer novas realidades e pesquisar sobre projetos sociais nas periferias de São Paulo, que não aparecem na grande mídia.
“O aluno precisa ter um conhecimento prático e empírico do mundo, não apenas do mundo que freqüenta, mas também do que está além do que ele vive”, afirmou Marcelo.
O professor enfatizou que a prática reflexiva e a inovação motivam os alunos, deve-se evitar uma mera reprodução técnica.
Marcelo fez questão de destacar a importância da criatividade na produção do texto jornalístico, em detrimento a ênfase que é atribuída ao modelo técnico norte americano. “A importância maior não está na estrutura do texto, mas, no enfoque, no gancho.”
A exposição do professor chamou a atenção dos participantes que demonstraram interesse que pôde ser constatado na discussão que se seguiu à apresentação.
Marcelo enfatiza a questão da humanização da notícia, e melhor do que na redação, é na rua que o repórter vivencia o contato com o ser humano.
Foram apresentados, também, os trabalhos: Publicação Empresarial versus Jornal-Laboratório: a experiência do jornal-cartaz Grita Grilo, pelo professor Marcos Look, e Jornal Mural Natividade, pelo professor Silvio Saraiva Junior.
Janda Nayara e Wellington Silva
Agência de Notícias – 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo
Foto: Renato Braga
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