por Da Redação

As entidades do campo do jornalismo e da comunicação, como FNPJ, SBPJor, INTERCOM e FENAJ, publicaram mensagens para convocar seus associados na defesa da manutenção do jornalismo como subárea na nova Tabela das Áreas de Conhecimento proposta pela Comissão Especial CAPES/FINEP/CNPq. Segundo o presidente do FNPJ, Gerson Martins, as diretorias das entidades vão agendar uma reunião com o presidente da Comissão Especial, professor Dr. Manuel Domingos Neto (foto), para apresentar a reação dos pesquisadores, professores e profissionais do jornalismo à nova Tabela e propor a sua revisão.

Em nota oficial, a diretoria da FENAJ considera “que ao vir no rastro de um ataque à regulamentação profissional do jornalista, pela retirada da obrigatoriedade de diploma em Curso Superior de Jornalismo para o exercício da profissão de jornalista, a proposta de nova Tabela das Áreas de Conhecimento engrossa as tentativas de desconstituir e acabar com a identidade do campo do jornalismo. Um campo que tem uma função social central, tanto ao produzir conhecimento como quando se trata da formação/ensino e do exercício profissional. A nova Tabela, se for confirmada, ameaça a identidade dos pesquisadores e professores de jornalismo assim como a extinção da obrigatoriedade do diploma destrói a identidade e organização dos jornalistas enquanto categoria profissional ao acabar com um dos principais pilares da sua regulamentação”. A nota ainda convida todos os jornalistas “a também encaminharem mensagens para os membros da comissão CNPq/CAPES/FINEP que está reestrurando a Tabela de Áreas do Conhecimento (TAC), pressionando pelo acatamento das sugestões retiradas da reunião convocada pela representante de área no CNPq, em São Paulo, em maio deste ano”.

A diretoria da SBPJor também divulgou mensagem em que convida os associados para que enviem mensagens aos membros da Comissão Especial para garantir o respeito a proposta de consenso definida em reunião da representação da área de comunicação, realizada na USP, em maio deste ano. Na mensagem a diretoria da SBPJor propõe várias “ações para defender a permanência do jornalismo como subárea como articulação de divulgação de notas por cada uma das entidades do campo; pedido de agendamento de audiência com presidente da comissão; articulação entre todas as entidades presentes no encontro de São Paulo; manifestação junto a todos os membros da Comissão e possível nota conjunto das entidades em defesa da proposta aprovada em São Paulo”. A mesma estratégia foi adotada pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo que convocou todos os associados e professores de jornalismo não associados para o envio das mensagens aos membros da Comissão Especial.

As diretorias da INTERCOM e da ABI também se manifestaram contrários ao posicionamento do Jornalismo na nova tabela. Segundo o presidente da INTERCOM, professor Dr. José Marques de Melo, há necessidade de um conjunto de forças representado pela participação intensa das instituições, somadas ainda a Associação Brasileira de Jornalismo Científico, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo para garantir que a Comissão revise a tabela proposta.

A reunião com o presidente da Comissão Especial, professor Dr. Manuel Domingos Neto, deve acontecer na primeira quinzena de novembro. Os presidentes da INTERCOM, SBPJor e FNPJ destacaram ainda a importância da participação das demais instituições de jornalismo nesse encontro.

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