por Da Redação

O Diretor Regional Norte do FNPJ, Narciso Lobo, participou como representante do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo da tele-reunião da Coordenação Nacional pela Qualidade do Ensino de Jornalismo organizada pela FENAJ. A reunião objetiva discutir a pauta de questões que envolvem o trabalho pela qualidade dos Cursos de Jornalismo. Segundo o professor Narciso Lobo, é necessário intensificar a luta para “desencantar” temas como regulamentação, proliferação irresponsável de novos cursos, Conselho Federal, qualidade do ensino e estágio como efetivo trabalho pedagógico. Destacou também que, dentro de 20 dias, estará sendo julgada, pela Justiça, a ação sobre a des/regulamentação. Na tele-reunião os participantes recomendaram a intensificação de ações, seja para agendar o tema nos ambientes profissionais e acadêmicos, seja enviando moções a juízes que estarão responsáveis pelo processo.

Discutiu-se, também, a necessidade de mobilizações em torno do Dia Nacional de Luta pela Valorização da Profissão de Jornalista, marcada para o dia 7 de junho: nas universidades, ambientes de trabalho e em locais que possam oferecer visibilidade para a população em geral. Lembrou-se os atos de censura, o último dos quais acontecido em Rondônia, com objetivo de encobertar corrupção e falta de ética na política, recomendando-se que em todos os nossos pronunciamentos públicos (palestras, entrevistas, etc) seja destacada a falta que está fazendo um Conselho Federal de Jornalistas, assim como as ameaças sobre a regulamentação da profissão.

Ao mesmo tempo, essas questões se cruzam com a luta pela qualidade do ensino, envolvendo reavaliação dos cursos existentes e, no mesmo plano, iniciativas contra a abertura indiscriminada de novos cursos, configurando verdadeira “indústria” para a produção em série de novos profissionais atirados ao mercado sem o preparo técnico, ético e crítico indispensáveis a quem vai orientar a opinião pública.

O professor Narciso Lobo disse que a questão do estágio foi lembrada, recomendando-se, sempre que o tema vier à tona, reafirmar a posição de que está proibido pela legislação e de que deve ser encarado como procedimento pedagógico, parte essencial do processo de formação, e não como o aporte de mão de obra barata num mercado de trabalho extremamente pressionado pelas ameaças de perdas de direitos, desregulamentações e políticas neoliberais de governo.

A próxima tele-reunião acontece daqui a duas semanas, no dia 2 de junho.

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