por Imprensa – 7° Fórum

A objetividade jornalística foi o tema mais debatido na segunda mesa do grupo de trabalho “História do Jornalismo”, no 2º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho. Cerca de 20 pessoas participaram da discussão sobre conceitos e teorias do Jornalismo. O doutorando em História da Universidade Federal do Paraná, Mário Messagi Júnior, apresentou o trabalho “Fatos versus texto: história do conceito de objetividade no século XX”. A pesquisa busca mostrar que fatores como a fotografia e a popularização dos jornais consolidaram, historicamente, o conceito de objetividade. O pesquisador defende, porém, que esse conceito não se aplica ao jornalismo. “A imprensa não trabalha com fatos e sim com narrativas dos mesmos”, afirma Messagi. Mas para a bolsista da Capes da Universidade Federal Fluminense, Ana Lúcia Enne, o jornalismo trabalha com fatos porque tem que “aprisionar” maneiras de contar partes de uma história. Ela apresentou o trabalho “Discussão sobre a intrínseca relação entre memória, imprensa e identidade e imprensa”. A professora da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), Érika de Moraes, também falou de objetividade ao defender a pesquisa “Teorias da Notícia: uma tentativa de construção”. Ela está desenvolvendo uma tese centrada na lingüística e afirma que a quebra da objetividade pode ser vista na linguagem utilizada pelos jornais. “Proponho que o jornalista não veja a linguagem como um simples instrumento de trabalho, mas que ele busque conhecê-la melhor para utilizá-la ao comunicar-se”, disse. Além desses trabalhos foram apresentadas as pesquisas “Teorias da Notícia: uma tentativa de construção” – da mestranda da Unisinos, Anelise Daltoé – “Zona de sombra sobre o jornalismo” – da professora da Unisinos Beatriz Marocco – e “A mídia como geradora de identidade e história” – das professoras da FAESA (ES).

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